segunda-feira, 3 de outubro de 2011

ALGUMAS ACÇÕES DA ARMADA EM ÁFRICA

MOÇAMBIQUE

TRANSPORTE PEBANE
(ex-vapor alemão Kadett)

















Em 16 de Dezembro de 1915, zarpou para Moçambique o cruzador Adamastor para prestar serviço naquelas paragens, cooperando com a esquadra britânica do Cabo nas operações de guerra do Leste Africano Alemão, e auxiliando as nossas tropas em acção no norte da  então Província Ultramarina.

TRANSPORTE LUABO
Cooperavam com o Adamastador, nos serviços de campanha, a pequena canhoneira Chaimite e os vapores auxiliares Luabo, Pebane e Pungue, tendo-se previamente tomado posse dos navios mercantes alemães fundeados nas nossas águas, não havendo, por essa altura, notícias de navios inimigos na nossa zona marítima.


TRANSPORTE PUNGUÉ
(ex-cargueiro de longo curso alemão Linda Woermann)

















 Encontrando-se o Adamastor e a Chaimite na foz do rio Rovuma, procedendo ao abastecimento dos nossos postos militares, organizou-se uma esquadrilha de embarcações a vapor e a remos para se proceder ao reconhecimento do rio, a fim de as forças do exército em operações naquele local poderem atravessar para a outra margem. Em 27 de Janeiro de 1916, tendo o cruzador e o posto português de Namaca, na margem direita, previamente bombardeado as posições inimigas da margem oposta, e supondo-se estas abandonadas, as embarcações aproximaram-se então da margem alemã, quando de improviso um fogo nutrido e incessante de metralhadoras as colheu, sendo mortos 1 guarda-marinha e 10 praças; feridos 1 guarda-marinha, 1 sargento e 7 praças; prisioneiro o 1.º Tenente Matos Preto, comandante da Chaimite, que só foi restituído à liberdade, em 29 de Novembro de 1917, quando as forças alemãs, acossadas pelos ingleses, se desfizeram dos prisioneiros de guerra.



CANHONEIRA CHAIMITE
Guarnição: 3 oficiais, 5 sargentos e 45 praças
Armamento: 2 peças Hotchkiss de 47mm/40 calibres e 2 metralhadoras
Nordenfelt de 11,4mm





















Durante a campanha esteve o Adamastor colaborando nas operações, percorrendo os postos da costa oriental, de Natal a Zanzibar, com excepção do tempo em que reparações o retiveram em Lourenço Marques.


CRUZADOR ADAMASTOR
Guarnição: 206 homens sendo 14 oficiais
Armamento:2 peças Krupp de 150mm/30 calibres; 4 peças Krupp de 105mm/
40 calibres;4 peças Hotchkiss de 65mm/46 calibres; 2 peças Hotchkiss de 37mm/42 calibres;
2 metralhadoras Nordenfelt de 6,5mm e 3 tubos lança-torpedos

Estacionou por mais tempo junto ao comando das forças do exército, em Porto Amélia e depois em Mocímboa da Praia (a) , com a sua guarnição enfraquecida por um serviço duro e pela acção do clima, que em terra produzia muito mais vitimas do que as balas inimigas
Esboço rápido do rio Rovuma desde a foz até Namiranga, conforme
as observações da esquadrilha de embarcações do Adamastor de 21
a 28 de Maio de 1916 do Capitão-Tenente Quirino da Fonseca
(a) Em Setembro de 1916 fez diversos bombardeamentos contra território inimigo para facilitar a passagem do Rovuma pelas nossas tropas, nomeadamente a Artilharia de Montanha (vide artigo já editado a esse respeito)

Texto coorden. por: marr

quarta-feira, 24 de agosto de 2011

TROPAS EXPEDICIONÁRIAS PARA ÁFRICA

ARMAMENTO E EQUIPAMENTO

OFICIAIS
O material levado para África seguiu praticamente a mesma filosofia dos uniformes, isto é, como havia em reserva muitos modelos anteriores a 1912, foi dada prioridade de utilização ao material mais antigo.

Assim, podia-se ver oficiais equipados com o antigo sistema inglês "Sam Browne", que praticamente consistia em: cinturão, suspensórios (muito pouco utilizados), as diagonais (também conhecido por talabartes), suspensão para espada, etc., este material era confeccionado em couro castanho e as fivelas em latão.

Além deste equipamento os oficiais ainda podiam utilizar, caso fosse necessário: suspensão de capote, bornal, cantil e malote.

PRAÇAS
Os soldados na sua maioria utilizavam cinturão, suspensórios (erradamente chamados arreios), porta cartuchos, pala para baioneta, tudo de couro preto com fivelas, presilhas e botões de latão amarelo, contudo podiam-se ver estes equipamentos dos mais diversos modelos, antigos e muito antigos.

Utilizava-se ainda, caso o serviço o assim o exigisse: bornal, mochila, cantil e marmita.

ARMAMENTO

ESPADAS

GENERAIS
UNIFORME DE CAMPANHA

ESPADA
M/1892 com copos de ferro polido, de meia roca, lixa cravada no metal e na parte inferior do punho, para firmeza do dedo polegar e alça de couro presa na montagem do punho pela parte oposta, para introdução do dedo indicador.


Colecção particular

BAINHA


Colecção
particular
 
De ferro polido ou  metal branco m/1895 para cavalaria

FIADOR


Colecção
particular
 
De couro preto



















Observação: O desenho do guarda-mão deste modelo de espada variava muito, na medida em que eram adquiridas em Inglaterra e os fabricantes nem sempre obedeciam fielmente ao modelo do padrão enviado, aliás muitos eram do padrão inglês.


 
ENGENHARIA E INFANTARIA

ESPADA
Empunhadura e copos de metal dourado, m/1892


Colecção particular
  BAINHA


Colecção
particular
  De ferro polido, assim como as braçadeiras









FIADOR
Como o anterior










ARTILHARIA E CAVALARIA

ESPADA
Empunhadura e copos de metal branco,m/1892


Colecção particular
 

BAINHA
De ferro polido ou metal branco, m/1895, conforme a figura apresentada nos generais.

FIADOR
Como o anterior


PRAÇAS DE CAVALARIA
Espada, bainha e fiador igual aos dos oficiais embora de acabamento menos cuidado.


ARMAS DE FOGO

OFICIAIS

PISTOLA


Luger Parabellum de 9mm, m/1908










REVÓLVER
Abadie de 9mm, m/1886














Colecção particular

Este colocava-se num estojo de couro envernizado de preto, suspenso de um cinturão do mesmo material e cor. O fiador de cordão de seda preta, com dois passadores, confeccionados no mesmo material.




Embora a primeira pistola fosse mais moderna, a grande maioria dos oficiais preferiam, em África, utilizar o velho revólver Abadie, porque era mais robusto e necessitava de menos cuidados de manutenção, principalmente em locais muito arenoso, que era o caso.


PRAÇAS



CARABINA
Mannelicher de 6,5mm, para cavalaria, m/1896










ESPINGARDA
Mauser-Vergueiro de 6,5mm  (.58 português), m/1904










METRALHADORAS
Vickers-Maxim de 6,5mm, m/1906

 
Colecção particular


ARTILHARIA

PEÇAS:
- Erhardt
- Hotchkiss, 37mm

Colecção particular
- Schneider-Cannet, 75mm, tiro rápido










                                               - Krupp, diversos modelos
                                               - B.E.M. 80mm, de montanha, m/1872










Texto e ilustrações:marr

sábado, 9 de julho de 2011

ARTILHARIA DE MONTANHA

 A ARTILHARIA DE MONTANHA EXPEDICIONÁRIA A MOÇAMBIQUE
 EM 1916 (a)

Os acontecimentos aqui narrados passaram-se durante o período de Abril de 1916 ao mesmo mês do ano seguinte. Pelo leitura do que se irá seguir poderemos, pelo menos, confirmar que a Artilharia Expedicionária soube sempre, embora com parcos recursos e muitos sacrifícios, cumprir o seu dever.

Antes de entrarmos na parte descritiva da acção destes Expedicionários, iremos analisar o ponto da situação, primeiramente no que diz respeito ao pessoal:

a) Das unidades de artilharia desde o oficial ao soldado e principalmente os do 2.º Grupo entraram em campanha com uma instrução reduzidíssima, e mesmo o 1.º Grupo a instrução que foi por ele recebida em Vendas Novas, antes do seu embarque, foi muito pouca, utilizando apenas esse estágio com alguma vantagem na construção de tábuas de tiro de peça;

b)  Dos oficiais de artilharia de montanha, nomeadamente para esta expedição, só dois tinham já prestado serviço nesta especialidade de artilharia; dos restantes era muito mal conhecida; 

c) Que, depois para o mesmo fim nomeadas, as praças deviam ser sujeitas a uma inspecção médica e não serem incluídas, naquele número, praças que ainda no passado mês de Dezembro haviam regressado de expedições ao Ultramar.

No respeitante ao gado:
Como fora adquirido pela remonta, pouco tempo antes do embarque das unidades, é mais que evidente que não devia ser durante a campanha pela primeira vez trabalhado, mas foi...

Sobre o material observou-se o seguinte:

a) As unidades de artilharia não deviam ter seguido para África com algumas faltas importantes como: carro de munições, sitometros, etc. Os primeiros ainda chegaram a ser enviados, mas bastante mais tarde.

b) A dotação de munições de artilharia das unidades não devia ser, como as circunstâncias a isso obrigaram, assim tão exígua (só 15 granadas explosivas por boca de fogo) e tanto mais que havia já conhecimento de que estava reduzida a 50 granadas a dotação da bateria que se encontrava em Moçambique desde 1915. A dotação de granadas com balas das unidades era de 400 por boca de fogo.

Apesar deste estado de coisas, foi assim que tudo quanto constituía esta expedição teve ordem para embarcar para Moçambique com destino a Palma.

Colecção particular
Palma, como se sabe, é o porto mais a norte de Moçambique, embora representado em qualquer carta geográfica pelo sinal convencional designativo de "cidade ou vila", esta era constituída apenas por duas ou três habitações rudimentares para europeus e algumas de indígenas. Além disso era um porto de mar desprovido de cais e, nestas condições, faça-se pois ideia do enorme intervalo entre a partida de uma assim tão avultada expedição e o seu completo e seguro desembarque no ponto do destino. Resumindo: os processos ainda ali eram extraordinariamente primitivos e daí as enormes dificuldades que a cada passo lá surgiam para as forças da expedição, e a propósito fosse do que fosse; quanto a preparativos de recepção da expedição, pouco mais havia do que mato capinado, numa certa extensão de Palma, de modo a bivacar-se rapidamente.

Logo à chegada foi o comando da artilharia da expedição encarregado da construção de paióis que ficaram concluídos passado sensivelmente um mês.

Palma já era considerada uma base marítima de operações. Na frente da zona de combate encontrava-se o que restava da dizimada expedição de 1915 que, em artilharia, se compunha da 5.ª Bateria de Montanha naturalmente depauperada por um aturado serviço de vigilância a que se encontrava sujeita; como o seu estado sanitário fosse mau e o efectivo disponível para o serviço reduzidíssimo, propôs o Comando de Artilharia Expedicionária que que no inicio de Agosto, a 2.ª Bateria de Montanha marchasse para Namoto, tacticamente a mais importante localidade da frente da linha estratégica do Rovuma (excluindo Kionga, por ser fora de direcção) com o objectivo principal de render a 5.ª Bateria de Montanha que devia vir para a retaguarda reorganizar-se.



Um askari
Colecção particular

A meados de Agosto teve o comando da artilharia conhecimento de uma proposta do comando superior com o intuito de, efectuando as nossas forças no dia 19 do mês imediato a travessia do Rovuma em certos locais, elas iriam de seguida ocupar o território alemão da margem norte desse rio. Nestas operações era dada à artilharia a missão principal de apoio à infantaria que estava dividida em quatro importantes colunas.

O 1.º Grupo de Artilharia seria para tal fim concentrado em Namoto e o 2.º Grupo em Kionga. Uma divisão de artilharia, a 1.ª da 1.ª Bateria do 1.º Grupo, comandada pelo respectivo tenente,  ia-se incorporar na 4.ª coluna que era a que atravessaria para a margem norte e a montante do Nhica.

Por esta mesma data, marchou para Namoto a 2.ª Bateria de Montanha. Em fins de Agosto, foi determinado ao comandante da artilharia que mandasse escolher em Namoto o local onde deveria ser montada, sobre plataforma fixa, uma peça de 10,5cm que fora mandada de Lourenço Marques. Esta peça foi guarnecida com pessoal, então instruído, cujo o fogo seria comandado por um alferes da 5.ª Bateria de Montanha.

Peça 10,5cm em posição
Colecção particular

Na madrugada do dia 19 de Setembro 1916, e já depois de todas as unidades das três primeiras colunas terem avançado a ocupar os locais que lhes tinham sido marcados para a travessia do Rovuma, pôs-se o Quartel General em marcha, e com ele o Comando da Artilharia Expedicionária, em direcção ao local do comando escolhido. Não houve necessidade, durante a passagem das nossas forças para a margem alemã, da infantaria ou artilharia disparar um tiro. A artilharia naval do Adamastor, que fundeava próximo à foz do Rovuma, fez-se ouvir durante a passagem das colunas. A divisão da artilharia de reserva, por ordem do comando da artilharia, fez a travessia do rio para proteger o avanço da coluna da direita sob cuja direcção passaria a ficar; o seu material foi passado em jangadas até à margem esquerda e o gado foi mandado atravessar a vau onde já atravessara a coluna da esquerda. Antes disto se efectuar havia sido dado ordem ao comandante do 1.º Grupo Táctico de Artilharia para mandar abrir fogo às baterias sob as suas ordens logo que parecesse objectivo ou houvesse resistência inimiga nos correspondentes sectores. Em território alemão, junto da 1.ª linha em seguida à margem do rio, via-se, já desde a véspera, grandes queimadas, sem dúvida prenúncio de que os alemães o haviam abandonado. Quanto à 4.ª Coluna soubera-se que no dia 18 fizera a travessia do rio e, por sinal, se empenhara com pouco sucesso num reconhecimento ofensivo em frente a Nhica. O comando junto ao quartel general atravessou igualmente o rio a 19 de Setembro, indo estacionar em Migomba. Ali foi igualmente concentrar-se a 4.ª Coluna que em seguida teve que retroceder por lhe ter sido determinado a ocupação de Massassi.
O gado foi mandado passar a vau...
Colecção particular
A 22 de Setembro, depois das felicitações que, na pessoa do seu comandante, as nossas forças receberam telegraficamente dos Ministros da Guerra e Colónias, e por virtude do começo das operações (ocupações de territórios alemães além Rovuma), recebiam igualmente, segundo era notório, um comunicado do comandante-em-chefe das forças britânicas em operações na África Oriental Alemã, lembrando que Mikindani se encontrava já em poder dos ingleses. Entretanto efectuava-se um reconhecimento a esta última localidade.

Em fins do mesmo mês davam entrada num dos nossos depósitos de material, entre outros artigos de material de guerra apreendidos aos alemães, cerca de 30 espingardas, 4 metralhadoras Nordenfeldt e muitas munições.

A 26 de Setembro, depois do pedido que comandante da 5.ª Bateria de Montanha fez nesse sentido, e que justificava, é essa bateria mandada retirar da sua posição de combate.

Colecção particular

A 29 do mesmo mês eram fornecidas as seguintes instruções:

1.º- A Divisão de Artilharia que fez parte da coluna do Nhica passaria a fazer parte da coluna de Massassi, cujo comandante era o comandante do Batalhão de Infantaria Expedicionária N.º 24, devendo a referida divisão ir completamente dotada e com o pessoal quanto possível reforçado.

2.º - Uma bateria de artilharia deveria marchar para Palma.

3.º - A 5.ª Bateria deveria preparar-se para retirar de Palma

A 14 de Outubro seguiu o Chefe do Estado Maior da Expedição para Mocímboa do Rovuma afim de mais tarde se incorporar na coluna de Massassi. De artilharia compunha-se esta coluna da 1.ª Bateria do 1.º Grupo de Montanha. Havia igualmente uma secção de munições de artilharia da coluna de munições, que até nova ordem seria destinada para defronte de Nangade.

Colecção particular
 A 22 de Novembro começaram os alemães atacar Newala, com duas colunas de efectivo aproximado em 300 europeus e mais de 2000 askaris, os quais possuíam artilharia; e nesse ataque persistiram até ao dia 29, data que foi decidido da retirada das nossas forças, que regressaram a Palma.

Devo recordar que em seguida à tomada de Newala, feita aos alemães pelas nossas forças, todo o pessoal da 1.ª Bateria de Artilharia de Montanha, que então lá se encontrava, tinha sido rendida pela 2.ª Bateria de Artilharia de Montanha.

Em 3 de Dezembro ignorava-se o paradeiro de um tenente de artilharia, um dos adjuntos do comandante do 2.º Grupo de Montanha; foi então enviado a parlamentar com os alemães, e com o fim de saber onde o dito oficial se encontrava, bem como outro pessoal desaparecido, um dos capitães ajudantes do comandante da expedição o qual se fazia acompanhar do interprete de alemão. O automóvel em que regressavam, depois de se terem desempenhado da missão, foi assaltado pelos alemães no dia 7 de Dezembro no nosso posto de Matchemba, por ele terem julgado que estava ocupado pelos portugueses, tendo referido capitão sido aí morto.

Colecção particular
 Entretanto começara a época das chuvas, impedindo a continuação das operações, e a 21 de Março de 1917, depois de o governador de Moçambique ter vindo ao norte, onde chegou a assumir o comando-em-chefe das forças portuguesas ali em operações, mudou-se a base das operações para Mocímboa da Praia onde as unidades da nova expedição de 1917 desembarcariam.

A 14 de Abril foi transferido o Quartel General para Mocímboa da Praia, onde só existia um pequeno e depauperado núcleo da expedição de 1916.

Se consultarmos as estatísticas oficiais da expedição durante o período de que estamos a tratar, sabemos, sem incluir a artilharia da expedição de 1915, que as perdas totais sofridas pelas unidades de artilharia expedicionária, durante o referido período, foram:

- Em Pessoal (mortos, feridos, prisioneiros e desaparecidos ou
  incapazes por doença), cerca de 60% dos oficiais e 80%
 das praças.

- Em gado: quase todo quanto lhes fora destinado foi dizimado pela
  mosca tsé-tsé ou "horse-sickness".

- Em material: as perdas não só de uma bateria de artilharia de
  montanha T.R., mas ainda 30% do armamento e muitas munições.

De um modo geral são estas as impressões colhidas que procuram traduzir imparcialmente e sem críticas, o que os nossos militares de Artilharia de Montanha operaram durante a 1.ª Grande Guerra no norte de Moçambique. 

Notas:
a) Este trabalho, feito pelo signatário, foi publicado no Jornal do Exército N.º 218 de Março de 1978


Texto e ilustrações: marr

sábado, 21 de maio de 2011

EXPEDICIONÁRIOS PARA ÁFRICA

EMBLEMAS E DISTINTIVOS


EMBLEMAS

PRAÇAS
Nas golas do dólmen de serviço aplicavam-se os emblemas ou números que eram confeccionados em pano, previamente cosidos num pequeno pedaço de pano de mescla cinzenta.


ENGENHARIA

TODAS AS ESPECIALIDADES
Um castelo de pano preto



ARTILHARIA
Uma granada de pano vermelho








COMPANHIAS DE SAÚDE
Uma cruz em pano vermelho














GRUPOS DE METRALHADORAS
Duas metralhadoras cruzadas em pano preto


NÚMEROS
Confeccionados em pano vermelho para a cavalaria, preto para a Infantaria e azul claro para a Administração Militar



DISTINTIVOS


Os distintivos de especialidade colocavam-se, para todos os postos, do seguinte modo:

- DÓLMEN DE SERVIÇO: nas platinas, assente em passadeiras de pano azul ferrete, devendo usar-se na platina do lado direito o distintivo que no casaco ou primeiro dólmen se coloca na manga direita; na platina esquerda  o que destes artigos se usa na manga esquerda ou nas duas se for esse o caso.

Estes distintivos são de metal colocando-se entre o ombro e a divisa ou galão.

- CAPOTE (serviço apeado): conforme a especialidade.

- CAPOTE (serviço  montado):nas presilhas colocadas na gola, sendo estes distintivos bordados ou em metal.


ARTILHARIA

Duas peças cruzadas









APONTADOR DE 1.ª CLASSE
Um emblema em cada platina


APONTADOR DE 2.ª CLASSE
Um emblema na platina do lado direito








INFANTARIA
Duas espingardas cruzadas










ATIRADOR  ESPECIAL
O emblema coloca-se nas duas platinas


ATIRADOR DE 1.ª CLASSE
Um emblema na platina direita









Estas duas especialidades utilizavam os distintivos, no capote de serviço apeado, logo por baixo do ombro, dentro do terço da distância que vai deste ao cotovelo.


CHEFE DE GRUPO
Um galão de lá vermelha com 1,2 cm de largura, na manga direita do capote, disposto em diagonal desde a altura do cotovelo até à junção da costura anterior da manga e em disposição semelhante na platina do ombro direito do dólmen de serviço.



DIVERSOS

CONTRAMESTRE DE CORNETEIRO
Uma trompa bordada a ouro, colocado na platina direita

SAPADOR
Dois machados cruzados em pano vermelho, colocados nos dois lados, nas platinas














ARTÍFICE
Dois martelos cruzados em pano vermelho, colocam-se nas duas platinas

FERRADOR
Uma ferradura em pano vermelho, nas duas platinas













 
TELEGRAFISTAS
 DA
 COMPANHIA DE ESPECIALISTAS
Um poste telegráfico em pano vermelho colocado nas duas platinas e por debaixo das divisas













 
OFICIAIS DO QUADRO
 DO
 SERVIÇO DO ESTADO-MAIOR
Braçal de pano, colocado no braço direito, sendo metade verde e a outra vermelho, tendo no meio bordado a ouro, a esfera armilar com o escudo nacional, ficando a parte vermelha por cima


OFICIAIS AO SERVIÇO DO ESTADO-MAIOR
O mesmo braçal, mas colocado no braço esquerdo


AJUDANTES DO REGIMENTO
Braçal azul claro, tendo bordado o número do regimento, coloca-se no braço esquerdo

Texto e ilustrações: marr